Um caos de trânsito na Baixa e, consequentemente, automobilistas irritados e alguns olhares de estupefacção, de quem temia que fosse real.
Foi este o resultado imediato de um simulacro de incêndio realizado ontem, a meio da tarde, no Hotel Tivoli, junto à Avenida Fernão de Magalhães.
No quartel dos Bombeiros Sapadores de Coimbra o alarme soou, passavam exactamente 42 minutos das 15h00. Falava-se de um incêndio ao nível do primeiro andar da unidade hoteleira, junto ao terraço, com vítimas.
Motivo mais do que suficiente para enviar para o local vários meios, inclusive uma auto-escada, e para obrigar a polícia a cortar os acessos àquela zona.
Os bombeiros, 23 homens, dos Sapadores e Voluntários de Coimbra, iniciaram as operações de combate ao incêndio e de busca e salvamento das vítimas que acabaram por ser quatro mas na zona, o trânsito, que já costuma ser intenso, foi-se adensando, provocando grande confusão de carros e alguma irritação entre automobilistas nas imediações do hotel.
Lá dentro, o incêndio fez quatro vítimas. Duas «saíram pelo próprio pé», outras duas foram transportadas para os HUC. Uma delas, inconsciente, foi encontrada no chão, num quarto, caída entre duas camas, como contou ao Diário de Coimbra o chefe Correia, que comandou as operações.
O cenário foi inventado, mas chegou a ter situações bem reais. Nomeadamente a da vítima inconsciente (funcionária do hotel) que entrou em pânico quando percebeu que teria de ser salva através da auto-escada dos bombeiros.
Houve também uma automobilista que rebentou um pneu do carro junto à auto-escada dos Bombeiros Sapadores e não ficou nada satisfeita com a situação.
Apesar da confusão, tudo acabou por correr bem. E, cerca das 16h50, os bombeiros deram por terminado o exercício que, como adiantou o chefe Correia, «é muito importante» para as corporações e também para o próprio hotel, que «assim tem mais elementos para elaborar os seus planos de emergência e de fuga em caso de incêndio». O Hotel Tivoli costuma, aliás, realizar anualmente um simulacro com este mesmo fim.
Quanto à confusão de trânsito que o exercício originou, o responsável garantiu que apenas se limitou a gerir os meios para um incêndio, depois de ter soado o alarme no quartel. No entanto, enquanto bombeiro experiente, também fez questão de recordar que os incêndios ou qualquer outra ocorrência «não escolhem horas mais convenientes» para acontecer .
Fonte: Diário de Coimbra
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