Um telemóvel em alta-voz serviu de médico obstetra enquanto três bombeiros de Arrifana (Feira) efectuaram o seu primeiro parto improvisado no sofá de uma sala, na madrugada de ontem. A mãe, de 25 anos, e a bebé (ainda sem nome) estão bem de saúde.
Joana Correia, de 23 anos, Ana Cardoso, de 21, e Nuno Leça, de 39, foram os três bombeiros que, na madrugada de ontem, efectuaram o parto. E, apesar de estreantes, valeram-se dos conhecimentos teóricos e de uma ajuda especializada, que chegou por telemóvel.
"Quando chegámos a casa [também em Arrifana] já não havia tempo para transportar a mãe ao hospital. As águas rebentaram e tivemos que fazer o parto ali mesmo", recordaram.
Apesar de tecnicamente preparados para efectuar o parto, decidiram jogar pelo seguro. De imediato foi accionada para o local uma equipa médica foi feita uma ligação com o Centro Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Aveiro, onde um profissional especializado foi validando os passos e dando conselhos.
"Foi tudo muito rápido. Já nem me lembro se coloquei o telemóvel em alta-voz sobre a barriga da mãe ou na mesa da sala. Mas deram-nos indicações que fomos efectuando", contou Joana Correia.
"Começámos por ver a cabeça e, quando a senhora fez força, a bebé nasceu de imediato. Foi tudo muito rápido", referiu.
Na sala, o marido e uma outra filha do casal assistiam parto, obrigando Ana Cardoso a intervir. "O pai estava muito ansioso e tive que lhe pedir, também, para tirar a criança daquele local", lembrou.
Já depois do cordão umbilical cortado, a voz que chegava pelo telemóvel aconselhou as bombeiras a pegarem na criança. "A noite estava tão fria que tínhamos as mãos geladas e estávamos com receio. Quando lhe tocámos a bebé chorou, mas foi uma alegria, porque era sinal de que estava tudo bem", congratularam-se.
Já depois do cordão umbilical cortado, a voz que chegava pelo telemóvel aconselhou as bombeiras a pegarem na criança. "A noite estava tão fria que tínhamos as mãos geladas e estávamos com receio. Quando lhe tocámos a bebé chorou, mas foi uma alegria, porque era sinal de que estava tudo bem", congratularam-se.
Mas o trabalho prosseguiu. O transporte da mãe do andar superior onde se encontrava acabou por revelar-se uma tarefa árdua, dado o pouco espaço das escadas. Juntaram-se as preocupações com uma noite muito fria. Quando a equipa médica chegou, só foi preciso levar a mãe e a bebé para o Hospital S. Sebastião.
Fonte: JN
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