O ministro da Administração Interna, Rui Pereira, afirmou hoje, em Coimbra, que a situação de crise do país não travará o esforço de investimento na protecção civil, que ascenderá a 200 milhões de euros até 2013.
Ao participar hoje na sessão inaugural da 6ª Conferência Internacional sobre Investigação em Incêndios Florestais, o ministro sublinhou que esse investimento será possível em conjugação com os apoios financeiros da União Europeia.
Este esforço não vai ser abandonado. Temos em desenvolvimento um projecto à custa de capitais comunitários e do esforço de associações portuguesas e autarquias, que é o QREN, que implica um investimento de 200 milhões de euros no sector, explicou.
Rui Pereira referiu que desse investimento, até 2013, cerca de 100 milhões de euros estão já comprometidos com quartéis de bombeiros, com equipamentos, com um esforço global orientado para a modernização do sector. Adiantou ainda que esse esforço de investimento irá ser alargado aos fundos regionais para a aquisição de carros de bombeiros.
O Ministro da Administração Interna recordou que desde 2006 tem-se assistido a uma revolução tranquila no domínio da protecção civil, através de uma reforma profunda que melhorou muito a capacidade de resposta. Como atributos dessa mudança citou, nomeadamente, uma boa planificação, o desenvolvimento de uma doutrina e a pré-ordenação de meios. A floresta portuguesa é um bem económico da maior importância, mas também um bem ambiental e comunitário da maior importância, sustentou, frisando que o esforço de investimento do Estado na floresta é da maior racionalidade.
Rui Pereira referiu que até 2005 eram despendidos com a defesa da floresta entre 60 e 70 milhões de euros por ano e, desde então, ficou estabilizado nos 100 milhões de euros por ano. Mesmo que encarássemos esse esforço numa perspectiva estritamente económica, esquecendo que a floresta é um bem ambiental e comunitário, esse esforço rende, o ganho é muito superior ao investimento, acentuou.
Na sua perspectiva é um esforço que tem de continuar pela importância do que está em causa. O direito à segurança faz-se da manutenção da ordem pública, da prevenção e repressão da criminalidade, mas também da protecção civil, realçou o ministro, manifestando-se convicto de que o sistema melhorou muito desde 2005, e que dentro de quatro ou cinco anos estará ainda melhor.
Domingos Xavier Viegas, docente da Universidade de Coimbra, e presidente da comissão organizadora da conferência, frisou que a abordagem destas temáticas é da maior importância num país com as características de Portugal.
Nesse sentido, defendeu como uma prioridade para Portugal o desenvolvimento de um programa estratégico de investigação científica em torno da problemática dos fogos florestais. A conferência, que hoje teve início em Coimbra, prolonga-se até quinta-feira e reúne cerca de 250 participantes oriundos de 38 países.
Fonte: Público
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