sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Ruas não se opõe a 'mudança' do CNOS mas mostra-se desconfiado

O presidente do município não está contra a instalação do Centro Nacional de Operações de Socorro no quartel dos Bombeiros Voluntários, mas não acredita que a obra avance.
O presidente da Câmara Municipal de Viseu, Fernando Ruas, não se opõe à possibilidade de o Centro Nacional de Operações de Socorro (CNOS) alternativo não ser construído no Aeródromo Municipal, como estava inicialmente previsto, mas ficar situado nas futuras instalações dos Bombeiros Voluntários de Viseu, no entanto, mostra-se céptico quanto às intenções do Ministério da Administração Interna.
Confrontado pelos jornalistas com os encontros que já houve entre a direcção da corporação e o secretário de Estado da Administração Interna, o autarca mostrou-se pouco satisfeito com o facto de saber "através de terceiros" dessas reuniões, lembrando que o município é parte interessada na matéria, já que assinou um protocolo com o Estado que prevê a construção do CNOS no Aeródromo Municipal Gonçalves Lobato.
"Têm de me dar explicações sobre a eventual mudança", exigiu Fernando Ruas, que não acredita nessa possibilidade.
"Tenho a certeza que a hipótese foi levantada apenas para continuar a arrastar este assunto", sublinhou o edil, acrescentando que, contando com o actual secretário de Estado da Administração Interna, são já seis os membros de Governo com os quais a Câmara falará sobre o assunto.
"Trata-se de mais um balão de oxigénio vindo de Lisboa, que tem com objectivo manter- -nos entretidos, enquanto o Governo não avança com o projecto", finalizou.

Projecto com quase sete anos

Já lá vão quase sete anos desde que, em Janeiro de 2004, o então ministro da Administração Interna, o viseense Figueiredo Lopes, anunciou que Viseu tinha sido a cidade escolhida para receber o CNOS alternativo, que funcionaria num terreno de quatro mil metros quadrados, situado no Aeródromo Municipal, cedido, através de um protocolo, pelo município de Viseu.
Seguiram-se várias visitas ao terreno, mas o projecto nunca chegou a sair do papel, apesar de, há poucos anos, o então secretário de Estado da Administração Interna, Ascenso Simões, anunciou que o concurso para a construção do CNOS, que funcionaria em caso de catástrofe em Lisboa, seria brevemente lançado. Até hoje.


Fonte: Diário de Viseu

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