Uma casa em Alfena, Valongo, foi, ontem, completamente destruída pelas chamas. A moradora veio para a rua gritar por socorro, mas já não havia nada a fazer. Adelaide Alves, 57 anos, foi levada para o S. João por ter inalado fumo e com dedos queimados.
Abel Quintela, 44 anos, estava no café quando ouviu "uns gritos desesperados". Quando chegou "à face da estrada" viu Adelaide "com uma caneca na mão a tentar apagar as labaredas". "Corri logo para ajudar, mas mal entrei na casa para tentar desligar o quadro da luz percebi que aquilo rapidamente se estenderia a toda a casa", explicou, ao JN.
"Em apenas 30 segundos, uma pequena labareda tornou-se no inferno. O receio era que as chamas chegassem à oficina", contou Abel Quintela, que ajudou "o amigo" [dono da oficina] a tirar para a rua as botijas de gás.
Na casa ao lado, também a senhoria da pequena habitação onde vivia Adelaide, passou "por um grande susto". "Só via chamas a saírem pela janela e a sorte foi as paredes que dividem as casas serem largas e em pedra", descreveu Aurélia Alves, de 75 anos.
Adelaide Alves desmaiou em frente a casa e foi levada pelo INEM para o Hospital de S. João, no Porto. Hélder Marques, genro da vítima, disse, ao JN, que a sogra "inalou muito fumo e queimou dois dedos de uma mão quando, no meio da aflição, procurava a chave de casa".
Quando os Bombeiros Voluntários de Ermesinde chegaram ao local do incêndio, na Rua 1º de Maio, em Alfena, "as chamas já se tinham propagado a toda a habitação", contou o segundo comandante, Emanuel Santos.
No entanto, havia ainda o risco do fogo se propagar aos edifícios contíguos. De um lado, uma casa de dois pisos, onde mora um casal de idosos, senhorios da casa ardida. Do outro, uma oficina de pichelaria, com seis garrafas de gás lá dentro. Valeu a rápida intervenção dos bombeiros, tendo as chamas chegado apenas a destruir parte do telhado da oficina.
Fonte:JN
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