O funcionário da Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis que se encontrava desaparecido há mais de uma semana foi encontrado morto, num pinhal. não muito longe da sua residência. O corpo estava em pose de enforcado, mas a hipótese de crime está em aberto.
Fernando Pinho, estava desaparecido desde terça-feira da passada semana. Foi encontrado num zona de pinhal, a cerca de 800 metros do local onde tinha sido descoberto o seu automóvel, abandonado.
O corpo terá sido descoberto por elementos dos bombeiros de Arrifana, Santa Maria da Feira, que, juntamente com elementos da Policia Judiciária (PJ) do Porto e da GNR, efectuavam desde a manhã intensas buscas naquela zona de mata.
O JN apurou que o homem se encontrava enforcado numa árvore de pequeno porte. Ostentava a corda no pescoço, mas estaria com os pés assentes no chão e as pernas reflectidas. A PJ isolou de imediato uma extensa zona de pinhal procedendo a uma exaustiva busca de indícios que ajudarão à investigação.
Há dois caminhos de acesso possíveis àquele local, que está situado num monte. O que está mais perto do local onde o carro de Fernando Pinho foi encontrado, obrigaria a uma difícil deslocação por uma zona de mato muito íngreme.
A localização do corpo só terá sido possível graças ao telemóvel que trazia consigo. Foi possível determinar a área aproximada de onde era emitido o sinal, sendo que, nos últimos dias, esse sinal tinha já desaparecido, dando a entender que o telemóvel se encontrava sem bateria.
O estado avançado de decomposição em que se encontrava o corpo, dificultando inclusive uma identificação imediata, faz acreditar que ali se encontrasse desde o dia do seu desaparecimento.
De referir, ainda, que o pinhal onde o corpo foi descoberto está localizado perto da residência de Sérgio Cruz, o taxista que alertou as autoridades para a existência da viatura abandonada de Fernando Pinho e que o terá transportado, juntamente com outro indivíduo, na madrugada do desaparecimento, desde S. Roque até ao centro da cidade de S. João da Madeira.
Sérgio Cruz chegou mesmo a ser ouvido pela PJ do Porto, tendo contado detalhadamente a viagem que efectuou com Fernando Pinho e com o desconhecido. Sérgio Cruz salientou o facto de Fernando ter feito da a viagem em silêncio, e principalmente recordou um desabafo do funcionário camarário à saída do carro. "Agradeceu, desejou-me bom trabalho e saúde e felicidade para toda a vida", recordou.
Mas a denúncia também lhe trouxe uma carga de trabalhos: "Se vir alguma coisa anómala de gente que não seja a minha família, não vou mais avisar as autoridades", lamentou-se, ontem, ao JN.
Fonte: JN
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