sexta-feira, 29 de junho de 2012

Esclarecimento sobre o dispositivo de helicópteros de emergência médica

O INEM iniciará uma utilização conjunta de helicópteros com outras entidades do Estado. Para um melhor esclarecimento das populações, vem o INEM disponibilizar um conjunto de informação sobre o dispositivo de meios aéreos dedicados à emergência médica que estará disponível em território continental.

Como ponto prévio, informa-se que o Ministério da Saúde contratualiza em regime de locação (aluguer), através do INEM, actualmente, 5 helicópteros. Até Junho de 2010 eram apenas 2 os helicópteros do INEM disponíveis durante 24 horas por dia, colocados um no Porto e outro em Lisboa para suprir todas as necessidades do País. O Ministério da Administração Interna tem 9 helicópteros próprios, propriedade da Empresa de Meios Aéreos (EMA), que utiliza durante o ano, fundamentalmente, para ações de resgaste/busca e salvamento e para vigilância e combate a incêndios. Aluga várias outras aeronaves para reforço do dispositivo de combate a incêndios florestais.
Pela primeira vez os dois Ministérios acima citados decidiram iniciar um modelo de partilha de meios aéreos, procurando sinergias com ganhos de eficácia e de eficiência.

O dispositivo de helicópteros de emergência médica (INEM) irá passar a ter duas configurações:- Durante a fase “Charlie” de combate aos incêndios florestais, de 1 de Julho a 30 de Setembro, o INEM terá à sua disposição quatro helicópteros ligeiros com equipas médicas nos seguintes locais:

Vila Real (Distrito de Vila Real), Santa Comba Dão (Distrito de Viseu), Loures (Distrito de Lisboa) e Beja* (Distrito de Beja) ou Loulé* (Distrito de Faro) *a definir

- Nos restantes nove meses do ano, o INEM terá à sua disposição cinco helicópteros com equipas médicas, nos seguintes locais:

- 2 KAMOV em Santa Comba Dão (Distrito de Viseu) e Loulé (Distrito de Faro)
- 3 helicópteros ligeiros em Vila Real (Distrito de Vila Real), Loures (Distrito de Lisboa) e Beja (Distrito de Beja)

Para além destes estará disponível: um helicóptero Eurocopter AS-350B3 Ecureuil, em Ponte de Sor (Distrito de Portalegre), este sem equipa médica. Permitirá ir aos locais das ocorrências e, se necessário, trazer a vítima com a equipa INEM terrestre para o Hospital de destino, melhorando a capacidade de evacuação aérea rápida de uma parte significativa da população do Alentejo.
Refira-se ainda que para além destes meios, o INEM poderá ainda utilizar outras das aeronaves que a Proteção Civil tenha em utilização, numa verdadeira partilha de meios.
Com a nova localização dos meios aéreos, o INEM considera que irá melhorar de forma muito significativa a cobertura de todo o território continental. A título de exemplo, alguns distritos da região Centro e do Alentejo passam a ter um meio aéreo disponível em muito menor tempo do que aquilo que acontece neste momento, sendo portanto francamente beneficiadas.

Distribuição Geográfica atual
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Distribuição Geográfica proposta após parceria com MAI (sem Ponte de Sor)

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Distribuição Geográfica proposta após parceria com MAI (com Ponte de Sor)
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Entre janeiro e maio de 2012, foram transportados 411 doentes, o que faz uma média diária de 2,7 doentes transportados. Aplicado aos cinco helicópteros atualmente existentes, estes números significam uma média diária de 0,5 doentes transportados por helicóptero.
Com a partilha de meios aéreos, o INEM obterá uma redução de custos de 2 milhões de euros, que serão aplicados na continuidade do crescimento do Instituto, com a abertura de novos meios, substituição de ambulâncias e viaturas médicas, investimentos em novas tecnologias, etc. A título de exemplo refira-se que vão ser colocadas duas novas ambulâncias INEM em Aguiar da Beira e Macedo de Cavaleiros (concelhos onde atualmente estão localizados dois helicópteros), garantindo assim uma resposta diferenciada em tempo útil à população desses concelhos.

Em suma, o dispositivo futuro terá condições para dar melhor resposta às necessidades da utilização de meios aéreos na emergência médica pré-hospitalar em todo o território continental. Por outro lado, contrariamente à ideia que tem sido avançada em diversos fóruns, não vão haver regiões do território continental que deixam de estar servidas por este tipo de meio: antes pelo contrário, o futuro dispositivo irá assegurar uma cobertura do território mais equilibrada e equitativa nos tempos de chegada em tempo útil, de meios aéreos de emergência médica.

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