O presidente da Associação de Bombeiros
Profissionais defendeu, esta terça-feira, que o combate aos incêndios
florestais não será afetado pelas dificuldades financeiras das associações.
Apesar de admitir que algumas corporações de
bombeiros vivem com muitas dificuldades financeiras e algumas já não têm
crédito nas gasolineiras, Fernando Curto garante que esse problema não vai
afetar o combate aos fogos, já que estas verbas estão orçamentadas e são
asseguradas pela Autoridade Nacional de Proteção Civil.
"São duas questões separadíssimas: as
questões financeiras no que diz respeito a serviços [como o transporte de
doentes] e as que dizem respeito aos dispositivos dos incêndios", afirmou
Fernando Curto, em declarações à agência Lusa.
"As verbas para os incêndios florestais
estão devidamente orçamentadas no dispositivo. Para isso, a estrutura
mantém-se", garantiu, adiantando que "a mobilização de viaturas no
âmbito dos incêndios tem comparticipação".
De acordo com o presidente da Associação de
Bombeiros Profissionais, serão os serviços prestados ao Estado que sairão
prejudicados pelos problemas financeiros. "Os apoios e as verbas que as
associações recebem - ou deviam receber - são comparticipações do Estado pelos
serviços que fazem, como a condução de doentes. Essa comparticipação ou reduziu
ou desapareceu e, aí sim, há um problema de sustentabilidade das
associações", disse.
Um problema que resultou não só da diminuição das
comparticipações do Estado, mas também da redução de verbas atribuídas pelas
câmaras municipais, referiu Fernando Curto, admitindo que algumas associações
de bombeiros "já estão na rotura".
Esta terça-feira tem início a fase
"Bravo", a segunda mais crítica no combate a incêndios e que se
prolonga até 30 de junho.
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