Oito autocarros foram destruídos, na madrugada desta
quinta-feira, por um incêndio, em Montelavar, concelho de Sintra. Não houve
feridos. Tudo indica que terá sido um ato de vandalismo. As várias explosões que
se ouviram assustaram a população.
O alerta foi dado, pouco depois das 2.15 horas, por um jovem de 25 anos que
passava de carro na Rua Alferes Álvaro Augusto de Sousa, em pleno centro de
Montelavar, e viu labaredas no interior de um autocarro. Minutos depois, quando
regressou ao local acompanhado dos bombeiros, já as chamas tinham tomado os
restantes veículos.
Os oito veículos (e não nove, como incialmente avançado ao JN) - sete
pertencentes à empresa Mafrense e um outro da Junta de Freguesia de Montelavar -
estavam estacionados num parque privado a cerca de 200 metros das instalações
dos Bombeiros Voluntários de Montelavar e ficaram completamente destruídos. A
rapidez da propagação das chamas sustenta a tese de que se tratou de fogo posto
e aumenta a indignação da população por esta ser uma localidade pacata.
Muitos habitantes de Montelavar saíram para a rua em pijama e robe,
assustados pelas enormes labaredas e as sucessivas explosões que fizeram
estremecer as casas em volta.
foto Paulo Lourenço/JN |
Nove autocarros incendiados durante a madrugada |
A presidente da Junta de Freguesia, Lina Andrês, fala num "cenário dantesco",
que assustou a população. "Acordei com o barulho de explosões. Pareciam tiros de
caçadeira. Liguei imediatamente à GNR, que me disse imediatamente o que estava a
acontecer. Parecia um cenário de guerra", adiantou.
A autarca mostrou-se "desolada" por a junta ter perdido o seu único
autocarro. "Estamos muito angustiados. Parece-me fogo posto e os seguros não
cobrem vandalismo. Portanto, temos aqui um problema, pois com este autocarro
servíamos a comunidade escolar, a igreja, os idosos, ou seja, todas as nossas
atividades", disse.
Segundo um morador, contactado pelo JN, várias crianças ficaram, esta
quinta-feira de manhã, sem transporte para a escola, uma vez que a empresa que
assegura estas ligações não teve capacidade imediata de resposta.
A Polícia Judiciária já está a investigar. Desconhece-se como o autor, ou
autores, do incêndio entraram no local, que está vedado. Os autocarros já ali
eram estacionados há quatro anos.
Fonte: Jn
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