quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Bombeiros atacados três vezes na mesma noite

A revolta pelo sentimento de impunidade tomou conta dos elementos dos Bombeiros Voluntários de Alhandra, concelho de Vila Franca de Xira, depois de, na madrugada de terça-feira, as suas instalações terem sido atacadas por três vezes por um grupo de desordeiros que, garantem, "é bem conhecido" das autoridades.

                                                                                                  foto PauloLourenço/JN

Rui Silva, adjunto do comando, mostra as pedras arremessadas

Tudo aconteceu após um baile de Carnaval, que decorreu nas instalações de uma sociedade recreativa da vila. Pouco passava das 4 horas da madrugada, quando o grupo arrombou uma das portas do quartel e entrou nas instalações insultando e ameaçando os presentes, de acordo com JN Jerónimo Caetano, comandante da corporação.
O piquete que estava de serviço no quartel tentou ainda travar as investidas do grupo, mas houve necessidade de chamar a polícia. Os desordeiros foram então conduzidos à esquadra da PSP, onde terão sido identificados, mas, de acordo com os testemunhos recolhidos pelo JN, uma hora e meia depois estavam de volta para novo ataque à sede da corporação.
Desta vez, os insultos subiram de tom e houve arremesso de pedras, que partiram cerca de 40 vidros do quartel e provocaram danos em três viaturas. A PSP voltou a ser chamada, o grupo foi de novo conduzido à esquadra, mas uma hora depois, cerca das 7 horas da manhã, haveria ainda de voltar para um novo ataque às instalações.
Além dos estragos materiais - cujo valor total ainda não está apurado - dos três ataques resultaram ainda lesões em Rui Silva, adjunto do comando, que foi agredido pelo alegado líder do grupo, quando tentava expulsar os invasores do quartel. Apesar de ainda aguardar alguns exames médicos, a vítima disse ontem ao JN sentir "fortes dores na grelha costal e na zona do baço".
Rui Silva não esconde porém a revolta pelo sucedido. "Este grupo já tem um historial de violência, de agressões anteriores, e parece que a justiça não pode ser aplicada*, desabafa.

Roubos e ameaças

Um sentimento partilhado pelo comandante Jerónimo Caetano que relembra o historial do grupo. "Nos últimos tempos, têm havido imensas queixas. Desde fogo a caixotes do lixo, roubos a idosos e ameaças a transeuntes, a outras situações de desordem", conta.
Outros elementos da corporação contaram ao JN que, pelo facto da vila da Alhandra estar dividida em duas áreas de patrulhamento, uma a cargo da GNR, outra da PSP, o grupo chega ao ponto de se sentar na zona da estrada vigiada pelos militares a insultar os agentes policiais do outro lado, por saberem que estes não podem atravessar a via para os deter.
A direção dos Bombeiros Voluntários de Alhandra apresentou queixa na PSP do alegado líder do grupo agressões e estragos causados no quartel.

Fonte:JN

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